11 anos com você!
"Estamos em hiatus no momento mas voltaremos."
Tsuna-Chan ~
Parte 2 : Shizuka: A pior confissão!
K-kimura Akihiko... Isso era patético, até em meus pensamentos eu gaguejava... K-kimura Shizuka... Quero que meu nome seja assim daqui a alguns anos. Naru e Miyamoto-san agora vinham me buscar. Acordei mais cedo para não atrasá-los. Esperei, esperei, esperei, esperei...
Que decepção... No final, ela demorou quase um ano para dar notícia e depois mandou mensagem dizendo que esqueceu de vir me buscar. Aquela idiota! Sai correndo que nem louca. Por pouco consegui chegar na escola. Naru estava conversando calmamente com o Miyamoto-san em uma cadeira. Não acredito nisso. Joguei minha franja para a frente e me transformei em modo demônio.
- NAAAA-RUUUU!
- Yuuto, socorro! Me proteja dela!
- Miyamoto-san, não acredito que você ajudou ela! Eu acordei uma hora mais cedo, esperei vocês por um ano e depois tive que vir correndo para não me atrasar! - disse.
- E-eee... Suzuki-san, nos perdoe? - disse Miyamoto-san.
- NÃO! Absolutamente não!
- Shizuka! Olhe quem está vendo você desse jeito! - disse Naru.
Virei e observei Kimura-kun rindo, um pouco envergonhado. A única coisa que me fez voltar ao meu estado normal foi a vergonha. Vergonha, vergonha, vergonha, vergonha, naquele momento não conseguia pensar em mais nada...
Sai correndo, joguei minha franja no rosto de novo. Cheguei na sala e afundei meu rosto na carteira. Naru saiu correndo atrás de mim.
- Shizukaaa! Desculpe-me!
- Não.
- Vou falar para o Kimura que você gosta dele.
Levantei.
- Não se atreva a fazer isso!
- Calma, calma, Shizuka, prometo não esquecer mais de te buscar! Por favor, me desculpe!
- N-não! Você não entende como eu fiquei constrangida!
Ela se ajoelhou e começou a gritar.
- SHIZUKAAAAA!
- C-certo, certo, levante-se.
Naru realmente sabia como me envergonhar. Passei o resto da aula me escondendo e no intervalo tentei ao máximo não sair da sala, porém Naru me chantageou.
- Ei, Shizuka, vamos comprar um obento, eu esqueci o meu.
- Vá com o Miyamoto-san, hoje vou comer aqui.
- Por causa daquilo?! Shizuka, me perdoe, isso não se repetirá, então, vamos?
- Não.
- Shizuka, por favor!
- Não!
- Shizuka, sabe, Kimura, está te esperando, sabia?
- Mentirosa!
- Aaaah... Então vou contar para o Kimura!
- Naru! Por favor, pare com isso!
- Não, não, já estou indo!
- Certo! Eu vou com você!
Sai correndo, antes que ela o alcançasse. Ela já estava em uma mesa com o Miyamoto-san.
- Aaah... Bom Dia, Suzuki-san - disse Miyamoto-san.
- Bom dia, Miyamoto-san.
Kimura-kun chegou e sentou-se em uma mesa perto da minha. Era tão perfeito! Tinha uma mesa separando as nossas mesas, isso impossibilitava ele de me ver, porém eu conseguia vê-lo. Sim, estava muito perfeito para ser verdade.
- KIMURAAAAA! - gritou Naru.
Era somente um pesadelo... Ufa, ele nem ouviu.
- KIMURAAAAAA, venha aqui! - gritou Naru de novo.
Ele olhou para ela com um ar de entediado e fingiu que não era com ele.
- Naru, pare com isso. - sussurrei para ela.
Ela me ignorou.
Ela saiu da mesa e foi até ele e o arrastou até a nossa. Normalmente, eu já teria fugido, mas parece que isso era um plano, pois Miyamoto-san estava barrando a minha passagem.
- Miyamoto-san, com licença, por favor. - disse desesperada.
- Suzuki-san, espere só um pouco...
Naru chegou com Kimura-kun, quase sendo arrastado.
- Kimura, sabe essa garota?! - apontou para mim.
- Pare com isso, Naru! - gritei.
- Ela gosta de você! - disse Naru.
- I-isso é mentira! Desculpe Kimura-senpai.
Senti uma mistura de ódio, vergonha, tristeza e angústia.
- N-naru! Chega! - gritei.
Sai correndo, toda vez que algo embaraçoso acontece eu fujo... Naru correu atrás de mim, corri, até o banheiro e tranquei a porta.
- Shizuka... Por que você fez isso?! Eu só estava tentando te ajudar.
- Se essa é sua ajuda, eu absolutamente não preciso dela!
- Hmpf! Shizuka, você acha que se continuar assim, você vai conseguir sair com ele?!
- Naru. Isso é uma escolha minha, esses sentimentos... São somente meus! Então, por favor, eu quero guardá-los, para quando reunir coragem, eu falar!
- S-shizuka... Hmpf! - saiu batendo os pés.
Eu odiava essa teimosia... Não tive coragem de sair do banheiro. E mesmo depois que bateu o sinal, eu fiquei mais um pouco lá. Eu me sentia tão vazia. No fundo, eu queria que ele corresse atrás de mim. Mas ele nem me conhece direito... Continuei pensando em inutilidades, até alguém reclamar.
- Ei! Alguém está aí?!
Que vergonha... Não respondi.
- Eu estou apertada! Você não vai sair?! Estou esperando, já faz quase meia hora!
Precisava sair...
- Arrggh! Vou chutar a porta!
- D-desculpe-me, já estou saindo...
Joguei a franja em cima do meu rosto e saí correndo, antes que ela visse meu rosto. Fui direto para a sala, pegar minha bolsa e ir para casa. Naru já tinha ido para casa, provavelmente estava somente eu naquela escola... e aquela garota. Sai correndo e antes de ir para casa, parei em uma loja de doces. Comprei chocolates, muitos chocolates. Aquilo dava para um mês. Fui para casa, me enrolei no futon e comecei a comer os chocolates. Meus pais estavam trabalhando, somente eu e meu irmão estávamos em casa, nossa relação nunca foi das melhores, nunca brigamos, mas não nos falávamos muito. Ele me chamou.
- Shizuka, você está bem?
- S-sim, Onii-san...
- Shizuka, a Naru-chan, está na porta, mas ela ainda não tocou a campainha. Vou abrir a porta para ela, certo?
- N-não...
- Hã?
- Espere ela tocar a campainha.
Ele esperou. Ninguém tocou a campainha. Fiz o esforço para sair do futon e ir a janela. Ela estava indo apertar a campainha, mas parou por um momento e voltou a trás, repetiu isso umas dez vezes. Eu realmente não me preocupei e me enrolei no futon. Peguei quatro barrinhas de chocolate de uma vez e enfiei na boca. Aquilo era tão bom, quase me esqueci que estava de regime. Naquele momento eu não liguei pra isso. Estava quase dormindo, quando.
- Desculpe-me, Shizuka! - Naru gritou com sua voz fina.
Fui ver a janela e ela tinha saído correndo. Ela era realmente escandalosa.
Consegui ouvir o risinho estranho do meu irmão.
Fui me jogar no futon de novo, mas estava entediada e farta de chocolates. Hoje, estava realmente calor, então coloquei um vestido bem simples, ele era longo e leve, e uma sapatilha confortável. Fui para a praia, fazia muito tempo que eu não ia para lá, normalmente eu ia com a Miho-chan. Brincávamos na areia e na água. Andar pelas beiradas da estrada, era muito divertido. Cheguei a praia, estava totalmente vazia, isso era bom... O som do vento me tranquilizava. Tirei as sapatilhas e andei pela água, não me molhei muito. Alguém me chamou.
- Suzuki-san?
Olhei para trás, era o Miyamoto-san.
- Olá, Miyamoto-san.
- Desculpe... por hoje...
- Certo... Miyamoto-san, posso te fazer uma pergunta?
- Claro.
- Como você se apaixonou pela Naru?
- Um dia... Eu estava saindo da escola e fui alimentar um gato abandonado, Naru estava lá, brincando com ele. Ela estava com uma aparência triste... Ela comentou com ela mesma que não poderia levar o gato, então todos os dias ela passou por lá, para alimentá-lo, eu comecei a observá-la e me apaixonei por sua bondade.
- Hmm... Entendo. Miyamoto-san, acho que ás vezes ela é intrometida, irritante, burra e várias outras coisas, mas acho que ela no fundo só quer ajudar a todos. Então, mesmo que ela te irrite, por favor cuide dela.
- Suzuki-san... Eu prometo...
- Obrigada.
- Suzuki-san, preciso ir, combinei de me encontrar com a Naru.
- Certo. Até mais.
- Até.
Ele se foi.
Andar naquela areia molhada, me lembrava da Miho-chan... Sakamoto Miho, ela foi minha primeira amiga. Nós éramos totalmente parecidas. Mas, ela teve que se mudar para outra cidade. Nesse tempo, eu estava totalmente solitária e acho que acabei me acostumando com isso. A Naru, chegou na escola e logo começou a conversar comigo, no começo eu a achava irritante, mas aos poucos eu me acostumei com ela e viramos melhores amigas. Nunca tive muitas amizades, acho que por causa da minha timidez. Mas eu estava bem assim, nunca me preocupei com isso. Acho que já estava melhor. Saí da água e calcei minha sapatilha. Me lembrar dos bons tempos com a Miho-chan, me relaxou tanto... Voltei para casa. Meus pais ainda não voltaram. Bem, não importava mais nada. Estava cansada, me joguei no futon e sonhei com o Kimura-kun.
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